Depois da Tempestade

Um casamento desgastado pela rotina, um outono de silêncios e mágoas. Mas também de esperança, de mudança e de entrega. Quando a coragem e a vulnerabilidade se encontram, o desejo renasce entre folhas caídas, vozes baixas e lingerie negra.

Depois da Tempestade

O vento soprava pelas frestas da janela, trazendo consigo o cheiro húmido das folhas caídas. O fim da tarde pintava a sala de tons dourados e ferrugem, a luz dançando sobre os móveis cheios de histórias, brinquedos largados, papéis esquecidos. A casa, outrora cheia de risos, parecia agora afogada num silêncio denso, espesso, quase sufocante.

Catarina lavava a loiça com gestos mecânicos, os ombros tensos, o olhar perdido para além da vidraça embaciada. As mãos, vermelhas da água quente, esfregavam copos, pratos, talheres, mas a cabeça estava noutro lugar. Um lugar de cansaço, de mágoa, de solidão. Ouvia, ao fundo, o som abafado da televisão na sala. Bruno estava encolhido no sofá, o telemóvel a brilhar-lhe nos dedos, os olhos fixos no ecrã, ora rindo baixinho com uma mensagem de grupo, ora respondendo a e-mails do trabalho. Parecia tão longe, tão estranho, quase um hóspede que voltava tarde e saía cedo, sempre com pressa, sempre exausto.

Ela suspirou. O vapor da respiração embaciou o vidro. Por segundos, Catarina imaginou-se a desenhar corações na névoa, como fazia nos primeiros meses ali, quando tudo era promessa, quando a paixão parecia capaz de vencer qualquer tempestade. Agora, só restava a rotina, a lista interminável de tarefas, o peso invisível de ser mãe, mulher, profissional, dona de casa. E ele... ele parecia não ver nada disso. Ou não queria ver. Há meses que não tinham uma noite só deles, há semanas que não se tocavam sem ser por acidente. O desejo, antes tão vivo, parecia adormecido debaixo das mantas da indiferença.

Uma colher caiu, tilintando no lava-loiça. Catarina estacou, os olhos a encherem-se de lágrimas que não deixaria cair. Não agora. Não ainda.

— Vais ficar aí a noite toda, Bruno? — perguntou, a voz baixa, mas carregada de cansaço.

Ele não respondeu logo. Terminou de digitar qualquer coisa, largou o telemóvel devagar. O silêncio cresceu entre eles, a casa inteira presa naquele intervalo.

— Já vou, Catarina. Só estava a acabar uma coisa do trabalho.

— Sempre a acabar uma coisa do trabalho. Ou a rir com os teus amigos. Ou a sair ao fim de semana. Mas para isto... para isto nunca tens tempo, pois não? — Ela não gritou. As palavras saíram frias, duras, afiadas como vidro.

Bruno sentou-se mais direito, a expressão carregada de uma irritação defensiva.

— Lá estás tu... Sempre a reclamar. Sabes que eu trabalho para nós, não é? Não ando aí a divertir-me...

Ela virou-se. O cabelo, apanhado de forma apressada…, deixava-lhe o pescoço exposto, tenso.

— Para nós? Ou para ti? Porque eu não te vejo aqui, Bruno. Eu vejo-te ausente. Aqui nesta casa sou eu que faço tudo. E depois admiras-te que não me apeteça... — engoliu em seco — ...nada.

O silêncio desabou de novo. Ele passou as mãos pelo rosto, como se quisesse apagar tudo e recomeçar.

— Catarina… Tu não fazes ideia. Chego ao fim do dia de rastos, sem cabeça para nada. Não é só trabalho, é tudo. Só queria conseguir desligar, mas parece que nunca chega a minha vez. — A voz dele saiu mais áspera do que queria, as palavras pesadas de cansaço.

Ela largou um prato com força, a loiça a tilintar contra o lava-louça, num som seco e irritado.

— Pois, desligas de tudo. De mim, dos miúdos, da casa. Eu não posso desligar, pois não? Eu não tenho direito a tempo nenhum! — A voz dela tremeu, mais magoada do que zangada.

Bruno ficou calado. O olhar dele fugiu para as mãos dela, para a água a escorrer, para o corpo curvado pelo peso dos dias.

— Desculpa... — murmurou, por fim, num tom quase inaudível.

Ela abanou a cabeça, exausta.

— Não quero desculpas, Bruno. Quero sentir que estamos juntos nisto. Não quero ser invisível, nem tua empregada. Quero voltar a ser tua mulher.

Bruno levantou-se devagar, os passos pesados, e aproximou-se. Hesitou antes de lhe tocar no ombro.

— Queres... Queres que eu te ajude agora?

Catarina olhou-o de lado, lágrimas secas nos olhos.

— Quero que me ajudes sempre. Não é só hoje porque discutimos. Quero... Quero sentir que ainda gostas de mim. Que ainda olhas para mim.

Ele pousou a mão sobre a dela, sentindo o calor, a água, a tensão.

— Eu olho, Catarina. Só... só me perdi um bocado, acho.

Ela não respondeu. Acabou de lavar a última chávena, passou-lhe para as mãos, como um gesto de trégua.

A noite caiu devagar, a casa mergulhada numa paz cautelosa, como um campo depois da tempestade. Não houve sexo, nem beijos, nem carícias — mas houve uma semente plantada. Algo mudou naquela noite, mesmo que nenhum dos dois soubesse ainda como.

O outono foi-se entranhando na casa, devagar, como uma promessa ou um feitiço. As folhas secas empilhavam-se à porta, o cheiro a terra molhada entrava pelas janelas. Havia algo de diferente no ar — ou talvez fosse mesmo só Bruno, que agora parecia outro homem, mesmo sem saber ainda como sê-lo.

Nos dias seguintes à discussão, Catarina reparou nos gestos. Pequenos, mas certos. Bruno levantou-se cedo, antes dos miúdos, para preparar os pequenos-almoços. As torradas saíam demasiado queimadas, o leite entornava-se, mas havia ali uma intenção crua, desajeitada, que a fez sorrir sem querer. Ele vestiu-lhes os casacos, ajudou a procurar meias perdidas, desenrolou discussões tontas sobre mochilas e trabalhos de casa.

Ao fim do dia, quando ela chegava exausta, já não encontrava o caos habitual. O jantar adiantado, as panelas a borbulhar, o cheiro a refogado e alho a aquecer o corredor. Um dia, Bruno ficou na cozinha enquanto ela tomava banho — e quando Catarina saiu, envolta na toalha, encontrou a mesa posta, os copos alinhados, e os filhos a rirem com o pai. O riso dele parecia mais vivo, mais cheio, como se a vida tivesse voltado a correr-lhe nas veias.

Na cama, ainda havia distância. Dormiam costas com costas, a tensão dos meses anteriores empilhada entre os lençóis. Mas, aos poucos, o toque dele voltou a procurar o dela. Uma mão na coxa, um braço passado pela cintura, um beijo distraído na curva do pescoço ao acordar. Catarina sentia-se desconcertada, entre a ternura e o ressentimento, o corpo a reclamar o que a alma ainda não concedia. Mas o cheiro dele, o calor, o peso na cama, tudo nela voltava a acordar devagar, como raízes a furar a terra húmida.

Bruno esforçava-se. Levava os miúdos ao parque sozinho, dava-lhes banho, inventava histórias de monstros e dragões só para a fazer rir. Um sábado, ela apanhou-o a dobrar roupa no quarto, o cabelo desgrenhado, a t-shirt velha colada ao peito. Ele olhou-a de lado, um sorriso tímido a tremer-lhe no canto da boca.

— Pronto… Já sei, dobrei tudo mal, não foi? — murmurou, a evitar o olhar dela.

Catarina aproximou-se, pegou numa camisola minúscula, e riu-se, um riso solto, quente, há muito desaparecido.

— Estás a aprender — disse, baixinho, e ele sorriu-lhe de volta, olhos brilhantes.

Os dias passaram assim: gestos pequenos, toques furtivos, olhares demorados. Numa noite de chuva, ficaram os dois na sala depois de deitarem os filhos. Bruno abriu uma garrafa de vinho tinto, serviu-lhe um copo, sentaram-se lado a lado no sofá. O lume crepitava na lareira. Conversaram, primeiro sobre coisas banais — a escola, o trabalho, as contas. Depois, sobre eles. Sobre o que tinham perdido, o que ainda podiam recuperar.

Catarina sentiu o desejo a crescer nela, agudo, inesperado. Não era um desejo de carne imediata, mas uma fome mais funda, feita de ternura, saudade, raiva, esperança. O corpo dela, há tanto tempo fechado, começou a abrir-se em lume brando. Um beijo breve nos lábios, um roçar de dedos na mão, o vinho a aquecer-lhe a barriga. Bruno tocou-lhe no joelho, subiu devagar pela coxa, mas ela afastou-se, delicadamente.

— Ainda não. Mas estou quase lá — sussurrou, e ele percebeu.

Respeitou. Não forçou, não insistiu. Ficou ali, ao lado dela, a mão pousada, quente, a promessa suspensa no ar.

Nessa noite, Catarina sonhou com ele — com o cheiro do corpo, a pressão das mãos, a boca quente na pele. Acordou molhada, o desejo a pulsar-lhe entre as pernas, o coração descompassado. Mas não lhe contou. Deixou o desejo crescer em silêncio, como uma fogueira escondida.

Bruno continuou a mudar. Começou a reparar nela — nos pormenores. O cabelo solto, o batom discreto, o perfume doce que ela usava sem pensar. E ela, sem querer, começou a reparar nele. No corpo largo, nos braços fortes, no cheiro a homem e a sabão, no jeito desajeitado de arrumar as coisas só para a agradar.

O outono avançava lá fora. As noites vinham mais cedo, o frio entrava nos ossos. Mas dentro daquela casa, entre Bruno e Catarina, algo começava a aquecer de novo. Não era fogo de palha. Era desejo antigo, com raízes fundas, pronto a rebentar.

Ela começou a fantasiar. Lembrou-se de lingerie, de jogos, de noites em que se sentia poderosa, dona do próprio corpo. Imaginou-se a surpreendê-lo, a provocar-lhe aquele olhar de fome, de adoração. Queria sentir-se desejada, mas também desejante — queria tomar as rédeas, inverter o jogo, fazer com que ele a visse, a quisesse, a devorasse.

Bruno, por seu lado, sentia o tesão a crescer a cada dia. O cheiro dela, o jeito como o olhava, o sorriso de canto de boca, o toque leve da mão no braço. Masturbava-se à noite, em silêncio, pensando nela, no corpo dela, em tudo o que tinham sido e podiam voltar a ser. Desejava-a como nunca, com uma urgência agridoce, feita de amor e saudade.

O desejo estava no ar, misturado com o cheiro a terra molhada, a folhas secas, a vinho e lareira. A tensão era um fio invisível, a esticar-se, a arder, prestes a rebentar.

E Catarina decidiu, por fim, que estava pronta para o próximo passo. Comprou uma lingerie preta, rendada, atrevida, elegante, imaginando o olhar de Bruno, o silêncio carregado, o corpo dele pronto a explodir. Escondeu o conjunto no fundo do armário, como um segredo só dela.

A antecipação deixou-a ansiosa, elétrica, viva. Cada pequeno gesto de Bruno — um beijo, um olhar, um toque — era como gasolina na fogueira. Sabia que ele a queria, e isso fazia-a querer-se a si própria, querer tudo, querer ambos, de novo.

A tempestade estava a formar-se, lenta, mas imparável. E ambos sabiam que, quando rebentasse, nada na casa seria igual.

Catarina sentiu o pulso acelerar desde o início da manhã. O dia arrastou-se, cada tarefa feita em modo automático, a cabeça a fervilhar com imagens, diálogos interiores, o tecido da lingerie rendada a roçar-lhe a pele apenas na imaginação. O céu estava cinzento, as árvores despidas, e ela sentia-se uma faísca acesa no meio da monotonia do outono.

Ao fim da tarde, quando os miúdos começaram a dar sinais de cansaço, Catarina planeou cada movimento com precisão. O jantar foi simples mas quente — um arroz de a fumegar, cheiro de conforto e promessa. Bruno ajudou em tudo, paciente, atento, os olhos sempre a procurá-la, como se soubesse que havia algo no ar. Sentaram-se juntos à mesa, os filhos a discutir trivialidades, e por baixo da mesa, uma vez, os joelhos de ambos tocaram-se. Um choque elétrico, rápido, intenso. Ela não afastou a perna.

Depois, o ritual: banhos, pijamas, histórias. Catarina demorou-se mais do que o costume, a voz a embalar, a mão a alisar cabelos infantis, mas a mente sempre a saltar para o que viria depois. Quando os olhos dos filhos pesaram de sono, beijou-os na testa, murmurou promessas de sonhos bons e fechou a porta do quarto devagar, como quem fecha um capítulo.

O corredor estava mergulhado numa penumbra dourada, a luz morna do candeeiro a desenhar sombras suaves nas paredes. Na casa de banho, Catarina despiu-se devagar, saboreando cada segundo. O corpo, até ali adormecido, parecia acordar de um longo inverno: os seios cheios, o ventre quente, o sexo pulsando sob a pele. Passou óleo perfumado nos ombros, nos braços, nas coxas, sentindo a pele ganhar vida. Vestiu a lingerie preta, cada encaixe rendado uma promessa, cada fita um convite. O espelho devolveu-lhe a imagem de uma mulher que não via há muito: os olhos brilhantes, a boca entreaberta, o corpo curvilíneo, poderoso, desejante. Sorriu para si própria, um sorriso de pecado.

No fundo do corredor, ouviu o som de loiça a ser lavada. Bruno estava na cozinha — ela sabia. Respirou fundo, sentiu o cheiro a terra molhada entrar pela janela entreaberta, misturado ao perfume da sua pele. O coração batia-lhe nas costelas com força, uma ansiedade antiga e doce.

Caminhou descalça pelo chão frio, cada passo uma martelada de antecipação. Encostou-se à ombreira da porta, o corpo emoldurado pela penumbra, o tecido preto a recortar-lhe os seios, a cintura, as ancas. Deixou o cabelo solto, caindo-lhe pelos ombros.

— Bruno… — chamou, a voz baixa mas firme, carregada de segredos.

Ele virou-se, ainda com um prato na mão. Os olhos demoraram um segundo a focar, mas depois… depois abriram-se, arregalados, incrédulos. O prato quase lhe escorregou dos dedos. O queixo caiu-lhe. Ficou a olhar, mudo, como quem vê um milagre ou um pecado.

Catarina avançou um passo, os quadris a balançar, segura, predadora. O olhar dela era fogo líquido.

— Hoje… — murmurou, aproximando-se até sentir o calor do corpo dele — …quero sobremesa. E não é chocolate.

Bruno largou o prato na banca, mãos trémulas, olhos presos na curva dos seios dela, no recorte da renda sobre a pele, na promessa do sexo escondido e visível. Aproximou-se, a respiração pesada, o desejo a latejar-lhe nas veias. Passou os dedos pelos ombros dela, tocando a renda, sentindo a pele quente por baixo.

— Catarina… — sussurrou, rouco, quase suplicante.

Ela levou o dedo indicador aos lábios dele, silenciando-o, e depois guiou-lhe a mão para a cintura.

— Quero-te. Agora. — Os olhos dela brilhavam, escuros, famintos.

Bruno colou-se a ela, o corpo dele já duro, erecto, a roçar-lhe na barriga. Agarrou-a, apertando-a contra si, as mãos a explorar-lhe a curva das costas, a firmeza das nádegas sob a renda. Beijou-lhe a boca com uma fome antiga, a língua a invadir-lhe a boca, a mordê-la de leve no lábio inferior. Catarina gemeu, um som baixo, animal, e puxou-o pelo pescoço, colando-o ainda mais.

A loiça ficou esquecida, a cozinha encheu-se de respiração ofegante, de gemidos abafados, de mãos ansiosas. Ele tentou levantá-la ali mesmo, mas ela afastou-se, sorrindo.

— No quarto. Quero sentir-te inteiro.

Bruno seguiu-a pelo corredor, a ereção marcando-lhe as calças, o olhar fixo no rasto de perfume e pele. Quando chegaram ao quarto, ela sentou-se na beira da cama, pernas abertas, o corpo oferecido, o olhar de deusa.

— Tira a roupa. Quero ver-te.

Ele obedeceu, apressado, despindo a t-shirt, as calças, a roupa interior. O corpo dele estava tenso, musculado, pronto para explodir. Catarina estendeu-lhe a mão, puxou-o para junto de si, e começou a explorar-lhe o peito com as pontas dos dedos, descendo devagar, desenhando trilhos de fogo pela pele.

Os corpos estavam prontos, famintos, e ainda assim, ela quis prolongar o jogo, saborear cada segundo da entrega que vinha aí.

— Deita-te — ordenou, e ele obedeceu, de olhos presos nela, submisso ao seu desejo, à sua fome.

Bruno deitou-se nu sobre a cama, o corpo rígido de desejo, o pénis erecto, grosso, brilhante na ponta com a antecipação. O peito subia e descia rápido, os olhos presos em Catarina. Ela subiu para o colchão, os joelhos abrindo-se devagar, a lingerie preta a colar-se à pele morena, húmida, o cabelo solto a cair-lhe pelos ombros. Parou entre as pernas dele, deitou um olhar devorador ao pénis erecto, depois sorriu, predadora, e baixou-se.

Os lábios dela roçaram-lhe a base do pénis, a ponta da língua subiu devagar, desenhando-lhe o contorno, lambendo, saboreando. Catarina sentiu o membro de Bruno a pulsar-lhe na boca antes ainda de o envolver, a pele quente, o sabor a sal e tesão. Abocanhou-o com fome, chupando devagar, sentindo a glande a bater-lhe no céu da boca, a garganta a abrir-se para o engolir mais fundo. Ouviu o gemido rouco dele, o corpo a tremer, as mãos a apertarem os lençóis debaixo de si.

Ela alternava ritmo: ora lento, profundo, sentindo cada centímetro a escorregar-lhe na boca, ora rápido, com a língua ágil a brincar-lhe no freio, a rodear-lhe a glande, a sugar forte até ouvir a respiração dele falhar. Bruno mordeu o lábio, os olhos semicerrados, perdido naquela boca quente, naquele olhar de mulher que sabe o poder que tem.

Catarina soltou o pénis, passou-lhe a língua pelos testiculos, saboreou-lhe a pele sensível, depois subiu até à glande e voltou a abocanhá-lo, chupando com força, as bochechas a cavar-lhe o membro, a saliva a escorrer-lhe pelos dedos que subiam e desciam no eixo duro e brilhante. O som era húmido, indecente, ecoando pelo quarto com cada estalo de língua, com cada lamber demorado.

Quando sentiu Bruno a tremer, o corpo a endurecer ainda mais, Catarina soltou o pénis, olhou-o com olhos de desafio, subiu pelo corpo dele, beijando-lhe o abdómen, o peito, mordendo-lhe o mamilo, depois a boca, partilhando o sabor dele, a respiração quente, ofegante.

— Agora é a tua vez — murmurou-lhe ao ouvido, deitando-se de costas ao lado dele, abrindo as pernas lentamente, a renda da cueca já encharcada, colada à carne.

Bruno virou-se para ela, os olhos cravados na humidade à mostra, nos lábios da vulva inchados a empurrar a renda para fora, no clitóris a pulsar, brilhante. Passou a mão pela parte de dentro da coxa lisa, suave, subiu até à virilha, sentiu o calor escaldante do sexo dela, o cheiro doce e intenso, o convite irresistível.

Afastou-lhe a lingerie para o lado, expôs a vulva aberta, os lábios rosados já molhados, o clitóris duro, a pedir boca. Bruno inclinou-se, passou a língua devagar de baixo para cima, sentiu o sabor dela, ácido, quente, inebriante. Lambeu-lhe os lábios, explorou cada ruga, cada prega, depois fixou-se no clitóris, chupando-o devagar, depois mais forte, rodando a língua rápida, depois lenta, até sentir Catarina a gemer, a tremer, o corpo a contorcer-se debaixo dele.

Ela agarrou-lhe o cabelo, puxou-o de encontro ao sexo, gemeu alto, sem pudor, a respiração a falhar-lhe. Bruno meteu dois dedos dentro dela, sentiu o interior quente, apertado, a escorrer-lhe nos dedos, enfiou-os e rodou-os, enquanto a boca não parava, faminta, determinada. O som dos lábios dele a sugar, da língua a bater-lhe no clitóris, misturava-se com os gemidos dela, com o som húmido do prazer que escorria pela pele lisa das coxas.

Catarina perdeu-se num orgasmo intenso, o corpo arqueado, as pernas a apertarem-lhe a cabeça com força, as ancas a tremer convulsivamente, um grito rouco e abafado a rebentar-lhe na garganta. O prazer alastrou-lhe em ondas, incontrolável, os músculos a contraírem-se em espasmos, a respiração desfeita, a humidade quente a escorrer-lhe do sexo, a deslizar pelas coxas até manchar o lençol, crua, cravada no momento, o corpo todo tomado, entregue, a latejar.

Bruno subiu pelo corpo dela, beijou-lhe a barriga, o pescoço, mordeu-lhe o maxilar, depois a boca, ainda ofegante, a pele quente, o cheiro a sexo espalhado por todo o quarto.

Catarina empurrou-o de costas, montou-o, as coxas abertas, a vulva ainda a latejar de prazer, o sumo a escorrer-lhe pelos lábios. Agarrou no pénis dele, encaixou a ponta na entrada molhada, esfregou, lambuzou-se, depois desceu devagar. Sentiu o pénis rígido a forçar-lhe a passagem, a separar-lhe os lábios húmidos, a encher-lhe o corpo centímetro a centímetro, até estar totalmente sentada em cima dele, cheia, esticada, a pele a arder de prazer.

O gemido de ambos encheu o quarto, os olhos presos um no outro, o corpo dela a começar a dançar, os quadris a girarem em círculos, a racha a apertar-lhe o pénis com cada movimento, o clitóris a roçar-lhe na base, a fricção perfeita. Bruno agarrou-lhe as ancas, puxou-a para si, sentiu a profundidade, o calor, a humidade a envolver-lhe o pénis, a cabeça a girar com o prazer.

Catarina continuava a cavalgá-lo com o ritmo a acelerar, as ancas a baterem-lhe violentamente no baixo-ventre, os seios empinados sob a renda fina do body, a pele morena húmida, o cabelo solto a colar-se-lhe às faces. O prazer dela era cru, sem filtro, a boca aberta em gemidos cada vez mais roucos, o corpo a vibrar. Bruno, com as mãos cravadas nas coxas dela, sentiu o impulso de a ter ainda mais perto, mais sua. Ergueu o tronco, sentou-se na cama, ficando cara a cara com Catarina, sentindo o calor do corpo dela colado ao seu, o cheiro adocicado do suor e do sexo a invadi-lo.

Passou as mãos pelas costas dela, subiu até aos ganchos do body e, com um puxão decidido, libertou-lhe os seios. A renda escorregou, os mamilos saltaram à vista, duros, escuros, brilhantes de suor. Catarina arqueou-se para lhe oferecer o peito, as mãos dele a segurarem-lhe as costas, os olhos fixos naqueles seios redondos, perfeitos, a pedir boca.

Bruno atirou-se aos mamilos dela com fome. Abocanhou um, sugou-o com força, sentiu a ponta dura a latejar-lhe na língua. Passou a língua à volta, devagar, depois rápido, chupou, mordeu de leve, sentiu Catarina estremecer-lhe nos braços, os gemidos a subirem de tom. A mão dele apertava o outro seio, massajando, rolando o mamilo entre os dedos, puxando, deixando-o ainda mais duro. Depois trocou, devorou o outro mamilo, chupou-o com vontade, a saliva a escorrer-lhe pelo peito.

Catarina não parou de se mexer, continuava a roçar-se nele, a racha a engolir-lhe o pénis, a fricção cada vez mais selvagem. Sentia os lábios dele nos seios, o calor da boca, os dentes a cravarem-se de leve, o prazer a explodir-lhe no corpo inteiro. Agarrou-lhe o cabelo, puxou-o para si, obrigou-o a sugar mais forte, a não largar os mamilos, enquanto se esfregava nele, o corpo a tremer, o orgasmo a ameaçar.

Bruno não parou, os dedos cravados nas nádegas de Catarina, a puxá-la para baixo, enterrando-se nela até ao limite, a boca presa aos seios nus, sugando-lhe os mamilos duros, os gemidos abafados contra o peito morno dela, o prazer a crescer, impiedoso, imparável. Sentia-se à beira do delírio, a cona dela a apertar-lhe o pénis, a sugar-lhe cada centímetro, a humidade quente a escorrer-lhes pelas coxas, a fricção crua a deixá-lo à beira da loucura. Catarina baixou-se, colou o corpo ao dele, beijou-lhe o pescoço, mordeu-lhe o lóbulo, sussurrou-lhe ao ouvido, a voz carregada de desejo:

— Quero-te por cima de mim.

Ele virou-a devagar, deitou-a de costas, abriu-lhe as pernas sobre a cama, encaixou-se entre elas, o olhar cravado no dela. Beijou-a fundo, língua contra língua, o corpo colado, a respiração misturada. Ela puxou-o mais para si, sentiu a glande roçar-lhe nos lábios escorridos e já abertos, a pedir-lhe tudo. E disse, rouca, os olhos presos nos dele:

— Quero sentir-te a enterrar-te até ao fundo.

Ela guiou-lhe o pénis para a entrada, e Bruno começou a penetrá-la devagar, profundo, cada centímetro a desaparecer dentro dela, o corpo todo a vibrar, os músculos tensos, o tronco brilhante de suor, a sensação de a possuir inteira a percorrê-lo como uma descarga eléctrica.

A racha de Catarina abria-se à passagem, os lábios inchados a envolverem-lhe o pénis, húmidos, brilhantes. Via-se a glande inchada a sumir-se dentro dela, depois a reaparecer devagar, escorregadia, coberta do sumo quente, apenas para voltar a mergulhar fundo, as paredes da vagina a apertarem-lhe o eixo, a sugar-lhe cada estocada. O vai-e-vem era cru, ritmado, o som molhado de cada entrada e saída misturava-se com os gemidos, e o olhar de ambos parecia colado naquele movimento, como se nada mais existisse no mundo senão aquela união.

O som das peles a chocarem, o cheiro a sexo, os gemidos de Catarina a cada estocada — “Mais Rápido. Mais fundo!” — misturavam-se no ar, a cama a ranger, o quarto a vibrar de pura luxúria. Bruno acelerou, enterrou-se até ao fim, saiu quase todo, depois voltou a meter até sentir os testículos a baterem-lhe na pele húmida, os corpos colados, a respiração desfeita.

Catarina perdeu o controlo, o orgasmo a subir-lhe pela coluna de novo, os músculos pélvicos a apertar-lhe o pénis, os olhos a revirarem-se, a boca aberta num grito rouco, as unhas cravadas nas costas dele. Sentiu-se a escorrer, o corpo todo a vibrar, a perna a tremer, o prazer a rebentar-lhe no baixo-ventre.

Bruno não aguentou mais. Enterrou-se todo nela, fundo, sentiu a racha dela a apertar-lhe o pénis com força, espremido pelo orgasmo que lhe sacudia o corpo. O interior dela pulsava-lhe à volta, a sugar-lhe o último controlo, a arrancar-lhe o orgasmo — veio-se num jorro quente, intenso, sentiu o esperma a explodir lá dentro, a enchê-la de cada vez que ela o apertava, como se o corpo dela lhe arrancasse tudo.

Ficaram colados, ainda um dentro do outro, fundidos, pele suada contra pele suada, o sexo a latejar, a pulsação a abrandar devagar, o tesão a perder-se aos poucos mas a ligação cravada no corpo. Respiração entrecortada, o cheiro a suor e a sexo entranhado nos lençóis, nos poros, naquele silêncio pesado em que sabiam, só pelo toque, que tinham voltado a ser um só — selvagens, exaustos, vivos.


Artigos sugeridos:

Body de Renda Preta

Este body de renda preta é a definição de luxo sensual. Feito com renda delicada e transparente, desenha o corpo de forma irresistível, realçando o busto com copas estruturadas e detalhes em tiras finas que acentuam o decote. O fecho na parte de trás e as alças ajustáveis garantem conforto e um encaixe perfeito.

Pode ser usado como lingerie ou combinado com jeans para um look noturno provocante — elegante, misterioso e impossível de ignorar.

👉 Uma peça feita para quem sabe o poder que tem e não tem medo de o mostrar.

Comprar
Avalie este conteúdo:
Avaliação:
--
18+

Este site apresenta imagens e texto de teor erótico e exclusivo a ADULTOS.

Se não tiver mais de 18 Anos ou este conteúdo lhe ofende, deve abandonar imediatamente o site.